Polícia

Casal é praticamente degolado em duplo homicídio em Campo Grande

26 OUT 2025 • POR Redação/VS • 16h10
Endereço em questão fica na altura do número 45 da rua Paiaguás do bairro Jardim Colibri. Foto: Paulo Ribas/Correio do Estado

Neste domingo (26) dois corpos foram encontrados praticamente degolados, no interior de uma residência que leva a fama de ser um local em que ocorrem "brigas generalizadas", localizada no bairro Colibri em Campo Grande. 

Informações do Boletim de Ocorrência (B.O) apontam que o caso está sendo investigado como "homicídio qualificado por motivo fútil" e "com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso". 

Isso porque, conforme descrito no B.O, os corpos do casal foram praticamente degolados, em um golpe característico identificado como "esgorjamento". 

Pelo menos três pessoas foram inicialmente conduzidas para prestar esclarecimentos, já que a dinâmica do ocorrido num primeiro momento levantam mais dúvidas do que trazem explicações, sendo: uma testemunha local; um segundo que brigou com uma das vítimas horas antes, além da esposa de um terceiro indivíduo. 

Entenda

Conforme narrado em B.O, a primeira pessoa a entrar na história é o senhor identificado como Sílvio Mattos, que se apresentou como testemunha à Polícia Militar ainda num primeiro momento da chegada dos agentes. 

No local a PM encontrou dois corpos, que Silvio informou serem de pessoas conhecidas apenas como "Cláudio e Rosemeire", os quais ele não soube precisar os sobrenomes. 

Silvio alegou aos policiais que o endereço em questão, na altura do número 45 da rua Paiaguás do bairro Jardim Colibri, costuma ser palco de festas frequentes, que por diversas vezes "terminam em brigas generalizadas". 

Ainda no início da madrugada de domingo, por volta de 00h00, Silvio informou aos policiais que chegou a ouvir gritos e barulhos de discussão. Já ao acordar deu de cara com a presença de demais agentes policiais, o que lhe deu a proporção do que poderia ter acontecido. 

No local compareceram membros da Unidade de Resgate e Suporte Avançado, a chamada URSA do Corpo de Bombeiros, além de agentes da Perícia Oficial e do delegado de plantão Dr. Rossato. 

Dos demais conduzidos, Maycon de Souza alega ter se envolvido em uma briga com uma das vítimas no dia anterior, ainda por volta de 20h de sábado (25). 

Já Érica Perussi aparece na história ligada a Matheus Ortega, de quem é esposa e alegando apenas que seu marido teria saído para trabalhar no momento dos fatos. 

Ela alega que seu esposo teria retornado em seguida, apresentando um comportamento nervoso, saindo em seguida com um destino que ela não soube precisar. 

Duplo homicídio

Segundo informações da equipe de perícia científica, ambas as vítimas foram lesionadas pelo emprego de arma branca, com a lesão definida como "esgorjamento", que aparentemente teria sido iniciada da esquerda para a direita. 

Além disso, a equipe da Polícia Civil em diligências também teria encontrado na residência alguns objetos que supostamente podem ter sido usados no crime. 

A vítima do sexo feminino foi encontrada caída ao lado esquerdo de uma cama de casal, com esses característicos golpes no pescoço e lesões sempre na parte frontal, com marcas compatíveis de defesa em ambos os membros superiores. 

Apesar de os peritos terem encontrado uma carteira de trabalho, em nome de Martha Jaciara de Oliveira Quaresma, com o rosto desfigurado e marcas de hematomas no olho, foi impossível precisar se a foto no documento realmente se tratava do corpo em questão. 

Por esse motivo: "foi deliberado a requisição de exame necropapiloscópico para sua identificação correta, sendo a vítima qualificada em um primeiro momento como 'desconhecida', expõe o boletim de ocorrência. 

Já o corpo masculino estava apoiado na cama ao lado oposto ao da mulher, com a mesma ferida de "esgorjamento", além de lesões compatíveis com atos de defesa em ambos os membros superiores. 

Nesse caso o corpo da vítima também foi primeiramente qualificado como "desconhecido", sendo solicitado exame necropapiloscópico, uma vez que nenhum tipo de documento foi encontrado nem qualquer testemunha soube identificar a identidade real do corpo. 

Os policiais recolheram uma faca de cozinha, com uma lâmina prateada que media 18 cm e um cabo na cor marrom, que estaria em uma bainha na varanda da frente do imóvel, sem marcas visuais de sangue. O caso segue sob investigação. 

Fonte: correiodoestado.com.br

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