Polícia

Adolescentes confessam à polícia plano de massacre em escola de MS inspirado no nazismo

1 OUT 2025 • POR Redação/VS • 21h19
Facas, luvas, roupas e celular encontrados com os adolescentes. Foto: Reprodução/Polícia Civil

A Polícia Civil confirmou, ao fim da tarde desta terça-feira (30), que os três adolescentes detidos na EMI (Escola Municipal Indígena) Francisco Meireles, em Dourados, tinham a intenção de cometer um massacre. Em depoimento, eles confirmaram todo o plano, desarticulado pela Guarda Civil do município, situado a 251 quilômetros de Campo Grande.

Fontes ouvidas pela reportagem relataram que os adolescentes foram apreendidos pelo crime de ameaça e por contravenção que prevê causar pânico à população. Eles passarão por audiência judicial antes de serem encaminhados à Unei (Unidade Educacional de Internação).

"Realmente eles tinham a intenção de matar. Eles disseram que viram isso e queriam fazer. Um dos pais estava horrorizado, porque eram meninos bons, e, de um tempo para cá, viraram isso aí, enlouqueceram. A intenção deles realmente era promover um massacre dentro da escola", disse uma testemunha.

Segundo o diretor da escola, os suspeitos chegaram armados com facas, machete, balaclavas e luvas. Dois deles não eram da turma. “Infelizmente uns alunos na nossa escola planejaram executar um massacre. Eles só falavam em matar professores e todos da escola. Estavam preparados para cometer o crime e fugir”, relatou.

A ação da direção e da inspetoria impediu que o ataque fosse executado. As aulas foram suspensas e a comunidade escolar expressou preocupação com a segurança. “Em todo momento eles falavam em massacre, massacre e isso deixou todos em pânico. São alunos de poucas falas, mas muito determinados”, acrescentou o responsável pela EMI.

Entenda o caso - De acordo com o boletim de ocorrência, a situação começou por volta das 10h10, logo após a guarnição da Ronda Escolar concluir uma palestra sobre bullying e violência escolar. A Central de Comunicações da Guarda Municipal recebeu uma denúncia sobre a presença de três indivíduos armados na escola Escola Municipal Indígena Francisco Meireles.

Ao chegarem ao local, os policiais encontraram os três menores na sala da direção. Entre os itens apreendidos estavam facas, um machete, capuzes e uma calça camuflada. Dois dos adolescentes também exibiam suásticas nazistas tatuadas no braço.

Segundo a Guarda, um dos menores assumiu ser o líder do grupo e confessou que planejava um "massacre na escola", inspirado em conteúdos violentos encontrados na internet. O plano incluía atacar inicialmente a professora de Geografia e posteriormente os alunos.

A professora relatou que, ao retornar do intervalo, encontrou os três adolescentes encapuzados, virados para a parede e em silêncio. Quando a professora tentou retirá-los da sala, outros alunos informaram que dois deles não pertenciam à turma. Durante a intervenção do monitor e da direção, os artefatos foram localizados e a Guarda foi acionada.

CGNEWS