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Marun diz que assoriamento do Rio da Prata é caso cirúrgico e de regras mais duras

Governador alega que situação não é grave e cita cuidados paliativos

8 DEZ 2018 • POR Redação/TR • 20h32
Reinaldo Azambuja alega que água suja é resultado do excesso da chuva na região - Foto: Luciana Nassar/ALMS

O assoreamento do Rio da Prata, que é responsável por banhar as águas do município de Bonito, local onde a maior ponto turístico do Estado, também foi citado pelo ministro Carlos Marun durante evento voltado para  o Rio Taquari.

"Ali não é coisa que se trata com pomadas. Ali é cirurgia. Temos que acabar com a razão do dano, o exercício da atividade agrícola em local inadequada", pontuou.

Marun afirmou que não dá para colocar o turismo dá região em risco. "Eu vou tentar avançar essa discussão no mínimo para disponibilizar recursos para as prefeituras fazer a patrulha ambiental", disse ele que sai do cargo no dia 31 de dezembro.

Na semana passada o ministro visitou a região e constatou o problema in loco. "Aquela não é a água que eu me acostumei a tomar banho. É um lugar crítico. Não é local de se fazer agricultura. Tem que se criar regras mais duras".

No entanto o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) disse que não há nenhum desastre no local. "Tivemos uma chuva de 200 milímetros que acabou levando água suja de enxurrada para dentro do rio", ponderou.

Ele assegurou que existem maneiras para evitar novos episódios como este. "Estamos realizando trabalhos nos rios da Prata, Formoso, Salobra, Formosinho e outros. Não podemos deixar que aconteça o que aconteceu no Taquari”.

Azambuja ainda ressaltou que é possível sim exercer agricultura na região. “Podemos fazer um regramento para não deixar acontecer o que aconteceu com o Taquari. Lá no rio da Prata o cuidado é mais paliativo do que ação efetiva. Dá para fazer produção com sustentabilidade”.

Na próxima segunda-feira (10), Marun e Reinaldo vão discutir a situação no encontro na audiência pública do Ministério Público Estadual (MPMS), em Bonito. Com a pauta “SOS Serra da Bodoquena”, as autoridades vão debater medidas para minimizar o turvamento dos rios da região.

Fonte: Correio do Estado – Gabriela Couto