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Para evitar extradição, traficante planeja confessar crimes no Paraguai

Estratégia adotada por Marcelo Piloto impediria extradição dele para o Brasil, como esperam autoridades brasileiras; Paraguai reforçou segurança após descoberta do quinto plano de resgate

9 OUT 2018Por Redação/TR02h:20

Enquanto o governo do Paraguai trabalha para acelerar a extradição do narcotraficante brasileiro Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, o bandido carioca planeja confessar crimes em território paraguaio.

Se for condenado por esses crimes, o bandido apontado como principal líder do Comando Vermelho naquele país só poderá ser enviado ao Brasil após cumprir todas as penas impostas pela justiça paraguaia.

Situação semelhante aconteceu com o sul-mato-grossense Jarvis Gimenes Pavão, que foi extraditado em dezembro do ano passado após cumprir oito anos de prisão no Paraguai.

Na segunda-feira (8), Arnaldo Giuzzio, ministro da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), disse que a intenção do governo é extraditar Marcelo Piloto o quanto antes para evitar novo plano de resgate como o descoberto na semana passada, o quinto desde que ele foi preso, em dezembro.

Só que Marcelo Piloto tem planos para não ser extraditado. Atualmente ele não tem mandado de prisão em território paraguaio, mas se confessar crimes naquele país, não poderá vir para o Brasil antes de cumprir a pena.

Segundo policiais cariocas, o esquema foi descoberto no início deste ano. Em carta enviada à Justiça paraguaia, um preso, possivelmente a mando do traficante, apontou Marcelo Piloto como responsável por um assassinato ocorrido em 2013 no Paraguai.

Entretanto, a polícia descobriu que se tratava de uma trama para impedir a extradição e o nome do traficante foi desvinculado do caso.

Resgate frustrado

Na quinta-feira (4), agentes da Senad, abastecidos por informações do serviço de inteligência da polícia brasileira, chegaram a um esconderijo no bairro San Vicente, em Assunção, onde prenderam cinco brasileiros, entre eles a companheira de Marcelo.

Na casa foi encontrado armamento de guerra, como fuzis, pistolas, bombas e grande quantidade de munição, inclusive de metralhadora calibre 50, mas a arma não foi encontrada. Um cidadão paraguaio também foi preso.

A Senad afirma que as armas seriam usadas para tentar resgatar o traficante da Agrupação Especializada, onde ele está preso há quase um ano. Pelo menos 15 pessoas, a maioria brasileiros, participariam do resgate.

Os cinco brasileiros presos saíram de favelas da Zona Norte do Rio, dominadas pelo chefão do Comando Vermelho. Eles foram identificados como Alan Neves da Conceição, 26, Juarez Italo Paiva Neto, 37, Marisa de Souza Penna, 24, Wanderson Pereira de Paula Silva, 20, e Thiago Lucas Gonçalves, 23.

Três já tinham sido presos e saíram da prisão beneficiados por decisões judiciais. Alan foi solto em setembro de 2012, Juarez, em outubro de 2013 e Thiago, em agosto de 2015.

Operava rotas por MS

Marcelo Piloto usava rotas passando por Mato Grosso do Sul para enviar armas e drogas para o Rio de Janeiro. O carregamento interceptado no dia 16 de maio do ano passado em Teodoro Sampaio (SP), perto da divisa com MS, pertencia ao narcotraficante.

O caminhão tinha 4,6 toneladas de maconha, 31 pistolas, mais de 17 mil munições e acessórios para armas. Também foram localizados três fuzis 7.62, quatro fuzis 5.56 e duas metralhadoras de calibre 50 equipadas com lunetas.

Foram encontrados ainda um revólver de calibre 38, 17.435 cartuchos de diversos calibres, entre 50, 5.56, 7.62 e 9 milímetros, calibre 40, 25 seletores de rajadas, três carregadores do tipo caracol, sendo um de calibre 9 milímetros, um de duplo calibre 5.56 com capacidade para 100 cartuchos e outro simples de calibre 5.56 com capacidade para 45 cartuchos, 20 carregadores calibre 50, 7.62, e 5.56 e 22 frascos de lança-perfume

Fonte: Campo Grande News - Helio de Freitas, de Dourados

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