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'Não sou racista', diz Trump após polêmica sobre haitianos e africanos

15 JAN 2018Por Redação/AV10h:05

Donald Trump negou no domingo (14) que seja racista, após uma polêmica em que foi acusado pela mídia americana de usar a expressão "buracos de merda" ao se referir a El Salvador, Haiti e vários países africanos - o que ele nega.

"Eu não sou racista. Sou a pessoa menos racista que você já entrevistou. Que posso dizer?", declarou Trump brevemente, ao ser questionado por jornalistas quando chegava para jantar em um dos seus clubes de golfe na Flórida, segundo a agência EFE.

Na quinta-feira (11), o jornal "The Washington Post" afirmou que Trump utilizou a expressão de baixo calão diante de parlamentares e ainda sugeriu que preferiria receber em seu país mais imigrantes da Noruega em vez de originários destas nações. A declaração, segundo o jornal, teria sido dada em uma reunião sobre a Ação Diferida para os Chegados na Infância (Daca, em inglês), programa que protege da deportação imigrantes que foram para os EUA ilegalmente ainda crianças.

O programa, também conhecido como "Dreamers", chegou a ser bloqueado pela administração Trump. Porém, nesta semana, um juiz americano bloqueou a revogação.

Na sexta-feira (12), o presidente americano afirmou ter usado “palavras duras” durante um encontro que tratava sobre a questão migratória, porém negou ter empregado a expressão "buracos de merda".

Em outra mensagem publicada na rede social, o presidente disse que nunca falou nada "depreciativo" sobre os haitianos além do fato de que o Haiti é, "obviamente", um país pobre e turbulento. Ele também acusou os democratas de criarem a história e disse ter uma "relação maravilhosa com os haitianos".

As declarações, que foram consideradas escandalosas e vergonhosas pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Apesar de seu desmentido, o Trump recebeu duras críticas dos países mencionados.

O Haiti divulgou um comunicado considerando "inaceitáveis" e "racistas" as supostas declarações. "O governo haitiano condena com a maior firmeza essas declarações desagradáveis e abjetas que, se provadas, serão inaceitáveis em todos os sentidos porque refletem uma visão simplista e racista completamente equivocada", assinalou Porto Príncipe no texto.

Já o presidente de El Salvador, Salvador Sánchez, disse que a fala de Trump é um golpe contra a dignidade do povo salvadorenho e exigiu respeito.

Encontro com senadores

Segundo o "Washington Post", Trump reagiu com frases de baixo calão quando dois senadores propuseram um projeto de lei migratória que concederia vistos a alguns dos cidadãos de países que foram retirados recentemente do programa de Status de Proteção Temporária (TPS, sigla em inglês), como El Salvador, Haiti, Nicarágua e Sudão.

O presidente então sugeriu que os Estados Unidos deveriam trazer mais imigrantes de países como a Noruega, de acordo com o "Post". Trump tinha se reunido com a primeira-ministra norueguesa, Erna Solberg, na quarta-feira (10).

O jornal "Los Angeles Times" confirmou o relato do "Post" e acrescentou que, antes de proferir o insulto, Trump exclamou: "Para que queremos a haitianos aqui? Para que queremos toda esta gente da África aqui?".

Fonte: G1

 

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