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'É só atravessar a rua para achar emprego', diz Macron a desempregado

Presidente francês foi criticado por desconhecer a realidade do mercado de trabalho no país.

17 SET 2018Por Redação/TR15h:12

Presidente francês recebe críticas pela forma como aconselha jovem desempregado a encontrar emprego, durante diálogo nos jardins do Palácio do Eliseu. O presidente da França, Emmanuel Macron, foi criticado no domingo (16) pelos conselhos que deu a um homem desempregado para que encontre trabalho.

Macron sugeriu a um jovem horticultor que troque de setor e acrescentou que basta atravessar a rua para encontrar um emprego em hotéis, bares e restaurantes de Paris.

"Tenho 25 anos, enviei vários currículos e cartas de motivação, mas não deu em nada", disse o homem, que estava de visita ao Palácio do Eliseu no sábado, por ocasião das chamadas jornadas de patrimônio, ao presidente francês.

"O senhor gostaria de trabalhar em que setor", perguntou Macron. "Horticultura", disse o desempregado.

Macron sugeriu a ele trocar de área. "Se o senhor estiver disposto e motivado, na hotelaria, nos cafés e restaurantes, na construção civil: não há um lugar onde vou onde não me dizem que estão procurando pessoas. Nenhum! Hotéis, cafés, restaurantes: eu atravesso a rua, consigo um para o senhor!", afirmou o presidente, que apontou com um gesto para as ruas ao redor.

"Pessoalmente, isso não é um problema para mim. Mas eu entrego meu currículo, e eles jamais me ligam", retornou o homem.

Macron insistiu: "Passe por uma rua cheia de cafés e restaurantes em Montparnasse. Francamente, tenho certeza de que um em cada dois está recrutando neste momento".

"Compreendo, obrigado", respondeu o desempregado, enquanto Macron lhe apertava a mão.

O diálogo causou fortes críticas nas redes sociais. Macron foi acusado de desconhecer a realidade do mercado de trabalho francês, principalmente para os jovens. Também a oposição criticou a postura do presidente.

"No fundo é sempre o mesmo discurso liberal que quer responsabilizar os desempregados pela sua situação. Trata-se de um desprezo de classe insuportável", afirmou o deputado da França Insubmissa Eric Coquerel.

Fonte: G1 - Deutsche Welle

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