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Estado MS

Operação de socorro atende comunidades tradicionais do Taquari

Famílias dependem de ajuda após processo de assoreamento do rio

22 JUL 2018Por Redação/TR07h:07

Uma grande operação de socorro, encerrada nesta sexta-feira, foi montada pela prefeitura de Corumbá e participação da Defesa Civil do Estado para atender as comunidades tradicionais do Taquari, que deixaram de produzir alimentos para a cidade, depois do processo de assoreamento do rio iniciado na década de 1970, e hoje dependem da cesta básica e da água potável para sobreviver. Muitas famílias, de um total de 225, estão incluídas no cadastro nacional de vulnerabilidade.

Com uma equipe de 25 pessoas, entre médicos, dentistas, enfermeiros, assistentes sociais e monitores de educação, a prefeitura realizou na região, desde o dia 14, uma ação do programa Povo das Águas, que atende anualmente 675 famílias, incluindo os ribeirinhos do Rio Paraguai – Norte e Sul de Corumbá. Em botes à motor, o grupo percorreu em cinco dias 520 km dos rios Taquari, Negrinho e Paraguai-Mirim, totalizando 18 horas, para levar ajuda humanitária a sete colônias.

A decretação da situação de emergência no município em maio – reconhecida pelo Estado e homologada pela União -, devido à cheia no Pantanal, ampliou o atendimento aos taquarizanos com a participação da Defesa Civil estadual. O Estado forneceu 219 cestas básicas, que, somadas às 250 da prefeitura, totalizou 1.380 quilos de alimentos. Também foram distribuídos 675 galões de água potável para saciar a sede de quem convive com as inundações permanentes do Taquari.

EMERGÊNCIA

“A água do rio é barrenta e quando seca o campo não adianta perfurar poço porque não tem água”, relata o nativo Justino Nascimento, 78, da Colônia São Domingos. “A nossa fonte está secando, enquanto ninguém resolve se problema do assoreamento do Taquari. Hoje nem poço de 16 metros dá na água”, conta a sofrida sitiante Alaíde Lopes, 75, da Colônia Bracinho. A solução encontrada pela Defesa Civil e prefeitura é construir poços artesianos coletivos nas comunidades.

Outro dilema dos moradores é a dificuldade de transporte para a cidade. Eles ficam isolados, seja na cheia ou seca, porque o novo canal do Taquari está praticamente intransitável e perigoso para navegar devido aos bancos de areia e troncos. Durante a ação social, o colono Magno Castelo, 33, foi levado em emergência para Corumbá com o braço quebrado e resgatado pelo Corpo de Bombeiros a 60 km da cidade. Contudo, nem sempre quem vive no local tem essa sorte de ser socorrido.

Fonte: Correio do Estado – Silvio Andrade, de Corumbá

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