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Esportes

Brasil tem de se preocupar com o jogo, não com racismo na Rússia, diz Coutinho

Jogador não respondeu se há orientação da CBF sobre provocações na Rússia

21 MAR 2018Por Redação/TR20h:40

Jogando em um estádio lotado contra a seleção de um dos países com histórico mais notório de manifestações racistas na arquibancada, a seleção brasileira tem de estar concentrada no futebol quando enfrentar a Rússia na sexta (23).

A opinião é do meia-atacante Philippe Coutinho, que presenciou pessoalmente o problema em um jogo no estádio no qual concedeu entrevista coletiva nesta quarta (21), o Spartak Moscou.

“É uma questão muito chata. Racismo é inadmissível, a cabeça tem de estar focada no objetivo”, disse, respondendo à Folha sobre o tema. Ele não respondeu, contudo, se a comissão técnica da seleção deu alguma orientação sobre o tema.

Quando ainda jogava pelo Liverpool, o atual jogador do Barcelona marcou um gol num empate em 1 a 1 com o Spartak pela Liga dos Campeões. Enquanto comemorava, o companheiro de time Sadio Mané, senegalês e negro, tentou calar o setor da torcida que imitava barulho de macaco contra ele. Não teve sucesso.

O problema é recorrente. Na decisão da Supercopa da Rússia, no ano passado, o goleiro brasileiro naturalizado russo Guilherme, do Lokomotiv, foi chamado de macaco. O atacante Hulk, do Zenit e ex-seleção brasileira, diz que toda partida tem incidentes do tipo. Em 2011, jogando pelo Anji, Roberto Carlos teve bananas atiradas em sua direção.

Willian, escalado pela CBF para falar sobre o dia da seleção em Moscou com Coutinho, é negro e já relatou vários episódios de racismo nos cinco anos e meio em que jogou na Ucrânia e nos seis meses que atuou na Rússia.

A União Russa de Futebol e a Fifa têm trabalhado sobre o problema, com eventos de conscientização e orientação a torcedores. A promessa é de reprimir quaisquer manifestações do tipo.

Segundo levantamento pelo principal centro de estudos de racismo e xenofobia da Rússia, o Sova, houve 89 incidentes do tipo durante jogos ocorridos no país ao longo da temporada passada.

O problema se espraia pela sociedade: na campanha eleitoral que acabou com a reeleição de Vladimir Putin no domingo (18), um vídeo feito por seus apoiadores pedia para os russos votarem no presidente para evitar ter de servir “num Exército com negros”. O Kremlin isentou-se de responsabilidade pela peça.

Fonte: Correio do Estado

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