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Esportes

Atletas da Superliga temem concorrência com 'mercado trans'

11 JAN 2018Por Redação/DV05h:33

A presença de Tifanny na Superliga feminina de vôlei tem preocupado atletas e pode até ter dado início a um mercado de atletas transsexuais no país. Adversárias da oposto nas últimas rodadas do torneio nacional afirmam que a força da atleta é acima da média. E clubes já começaram a receber propostas de outras transsexuais dispostas a ingressar na elite.

- Não só ouvimos falar de outras como já recebi contatos. Tem gente que liga procurando espaço no clube como atleta. Empresários ligam dizendo que têm atleta disponível - disse o técnico do Pinheiros, Paulo de Tarso, em entrevista à "Veja".

A equipe do comandante foi uma das vítimas de Tifanny. O Bauru levou a melhor sobre o time da capital por 3 a 1, com 25 pontos da atacante. Atletas que estiveram em quadra naquela partida, em dezembro, revelaram à "Veja" o sentimento de desconforto com a situação.

- Depois de nossa partida contra o Bauru, quando a Tifanny recebeu o troféu de destaque do jogo, eu disse que sempre que ela estiver em quadra, ninguém mais vai ganhar. Ela sempre vai se destacar, sempre estará acima das outras - afirmou a ponteira Mari Cassemiro, do Pinheiros, à publicação.

Capitã da equipe de São Paulo, a ponta Vanessa Janke demonstrou preocupação com o futuro do vôlei para as mulheres:

- Se isso aumentar nos próximos anos, nós mulheres vamos perder espaço. A trans tem maior vantagem física. Todo clube vai querer contratar uma.

O médico Paulo Zogaib, professor de medicina esportiva da Unifesp, explicou em entrevista à "Veja" que a vantagem física de Tifanny existe pelo fato de a cirurgia para mudança de sexo ter acontecido quando ela já tinha 30 anos.

- Ela passou boa parte da vida com uma produção hormonal muito maior do que uma produção hormonal feminina. Isso acaba influenciando no tamanho dos órgãos, coração, pulmões, a parte óssea, ou seja, as alavancas do aparelho locomotor. Então, isso cria diferenças em relação às mulheres e faz com que ela tenha um desempenho melhor. Não é pura e simplesmente o controle de testosterona na circulação - afirmou Zogaib.

Fonte: Terra

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