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Manoel Afonso

Coluna

Eleições: Adversário do meu adversário é meu amigo

23 FEV 2018Por Manoel Afonso07h:52

A FRASE: do título desta edição, lembrada ao colunista pelo deputado Felipe Orro (PSDB) define bem a postura das lideranças políticas nas eleições. Orro é produto genuíno do cenário aguerrido antes disputado família por família, voto por voto, pelos coronéis e tem uma visão magistral da política interiorana. 

ESSA VISÃO: não é exclusiva dos políticos do interior. Um exemplo: em 1998, após ficar de fora do 2º turno do pleito para governador, Pedro Pedrossian (PTB) anunciou seu voto e apoio ao candidato Zeca do PT contra Ricardo Bacha (PSDB). Na sua visão, o adversário s ser derrotado era Bacha. 

TRÊS LAGOAS: Não é para acreditar que a perda do comando da cidade para Ângelo Guerreiro (PSDB) foi esquecida pelos seus adversários do Movimento Democrático Brasileiro. Ironizado na campanha, comparado ao ex-prefeito Ari Artuzzi (PDT) de Dourados, Guerreiro vai muito bem. 

‘INTERESSANTE’: aceitar a ideia de ver o prefeito Guerreiro e seus tradicionais adversários de mãos dadas nestas eleições estaduais. Numa eventual vitória de Reinaldo, a tendência é que a liderança e a gestão do prefeito fiquem mais fortes para a sua reeleição em 2020. Essa a leitura. 

RELEVANTE: O sonhado plano de proteção as fronteiras anunciado pelo Governo, se efetivado, terá duas consequências: o corte do fornecimento de armas e drogas para o crime organizado, e seria um fato novo favorável ao governador Reinaldo, que tem batido insistentemente nesta reivindicação. 

DELÍRIO: No reencontro com Antonio Carlos de Oliveira, superintendente da Sudeco, falei de sua antiga militância política. Ele desviou do assunto alegando que ‘aquilo’ era passado, dando pouco valor ao fato. Agora ele anuncia que é candidato à presidência da República. O ministro Marun (MDB) tem razão: Antonio Carlos pirou de vez. 

AQUÁRIO: É o bode deixado na sala do governador Reinaldo (PSDB) - que tenta ser hábil para evitar injustos respingos. Aliás, os termos ‘fiasco e tragédia’ do deputado federal Fábio Trad (PDS) para se referir a a obra sinalizam como ela será abordada nas eleições. Como circula na internet: “precisando de um hospital, procure o aquário”. 

PESQUISAS: são favoráveis ao termino da polêmica obra, que não era prioridade e com gastos muito além das previsões iniciais. Reinaldo faz a leitura exata da situação: critica a iniciativa, mas pior do que está não pode ficar. Daí seu zelo em amparar o fim da obra na lei e nos poderes fiscalizadores. Que esse bode não se transforme num elefante branco. 

ESTRATÉGIA: Se o MDB ou PSDB ficar fora do 2º turno se juntarão? Nos bastidores fala-se que sim. Mas Reinaldo é cauteloso na hipótese de alianças e tem até ironizado o ex-governador Puccinelli (MDB) pelas suas propostas publicadas na imprensa. Ao seu estilo de pouca conversa Reinaldo não se verga e assim irrita André. 

MARQUINHOS TRAD: Não perca tempo perguntando-lhe sobre a sucessão estadual. Está focado nos desafios da capital. Vem amadurecendo com os problemas que exigem equilíbrio e coragem, transitando bem com vereadores, deputados estaduais, deputados federais, senadores e com o governador Reinaldo. Quer virar a página do IPTU. 

OTIMISTA: Depois que o ministro Edson Fachin admitiu que o STF é competente para o caso, o deputado Babosinha (PSB) acredita na procedência do pedido de autoria do Governo Estadual para que o Governo Federal arque com os gastos de alimentação dos presos por tráfico e contrabando nos presídios de MS. 

MUDANÇA: Com 1619 vereadores, 106 prefeitos, 37 deputados estaduais, 24 deputados federais, 1 senador e 1 ministro, o PRB Partido Republicano Brasileiro se prepara para receber a filiação do senador Pedro Chaves (PSC) nesta segunda feira , às 18 horas na sede da Associação Nipo Brasileira. 

EXTINÇÃO: Também em Campo Grande a internet faz estragos. Bancas de revistas tradicionais na zona central fechadas ou transformadas em lojinhas. Jornais cariocas e paulistanos perderam seus leitores. Os dois únicos jornais diários ainda resistem. Sorte de alguns, azar de outros. 

SINALIZANDO O PRB: participa da administração estadual através da chefia da Funtrab – Fundação Estadual do trabalho – pelo seu presidente Wilton Acosta. O partido tem aqui na capital os vereadores Betinho e Gilmar da Cruz, além de diretórios espalhados por dezenas de cidades. Um partido com boa estrutura e votos preciosos no projeto de reeleição do senador. 

ALÍVIO: Foi como se o deputado Paulo Siufi (MDB) tivesse perdido 20 quilos num passe de mágica. A decisão do Tribunal de Justiça absolvendo-o na Operação ‘Cofee Break’ devolveu-lhe o sorriso e condições de concorrer de peito aberto à reeleição. Ganhou também o mote do discurso de campanha. 

JUIZ ODILON: Estive na ‘coletiva’ do candidato do PDT. Vai tentando aos poucos se familiarizando com a política e evita se imiscuir em pontos polêmicos. Não sei até quando continuará se portando desta forma. Mais cedo ou mais tarde ganhará o carimbo natural do político que quer um cargo. 

A POLÍTICA: exige gestos e palavras de quem nela está integrado. Não interessa o eco ou repercussão na opinião pública. É mais ou menos como aquele curió debutando no concurso de canto: tem que cantar para ser ouvido e avaliado pelos jurados. No caso, Odilon ainda não soltou o verbo. 

A LIDERANÇA: de Odilon nas pesquisas poderia ser também, além do clamor público anti corrupção, o resultado desta estratégia de cautela, que aliás deve ser só temporária. Quando a campanha começar pra valer Odilon terá que mostrar a que veio e o que tem a oferecer além da esperança. Como se diz: entrou na chuva tem que se molhar! 

BLAIRO MAGGI: Um vereador de Sonora informa: o senador comprou da Michelin a área com 13 mil hectares de seringueiras, às margens da BR 163 no Distrito de Ouro Branco, no município de Itiquira. Mais de 5 mil hectares da área original já viraram lavoura de soja. Aliás, o senador não deve concorrer a reeleição. ‘Cansou da política’. 

AGRADOS... Cada deputado federal do MDB terá R$ 1,5 milhão e cada senador R$2 milhões para a campanha deste ano. O senador Romero Jucá continuará na chefia do partido, lembrando que após 14 anos tramitando no glorioso STF, ele viu prescrita mais uma ação contra ele. Esse é o país que temos. E haja papel higiênico! 

LEMBRANDO: “ O melhor programa econômico de governo é não atrapalhar aqueles que produzem, investem, poupam, empregam, trabalham e consomem”. De Irineu Evangelista de Sousa , o homem mais rico do Império (20% do PIB) dono do 1º banco privado, da 1ª. siderúrgica, construtor da 1ª. ferrovia (Rio Petrópolis) e do 1º estaleiro construindo 72 navios a vapor. Os nossos políticos precisam saber disso. Favor avisá-los. 

O problema da democracia é que quando o povo toma o palácio, não sabe puxar a descarga”. (Millôr Fernandes)