CENARIO
Logo Diario X
Aqui tem a Verdadeira Notícia
24 de abril de 2024
Coxim
24ºC
TRIBUNAL

Brasil

Ministério do Trabalho é invadido e amanhece com salas reviradas; 1º andar é interditado

16 JUL 2018Por Redação/OJ10h:45

Servidores do Ministério do Trabalho encontraram diversas salas do órgão reviradas ao chegar para trabalhar na manhã desta segunda-feira (16). Documentos oficiais estavam atirados no chão.

A assessoria de imprensa do ministério informou ao G1 que ao menos duas salas do setor destinado ao seguro-desemprego foram invadidas, mas não soube dizer o que foi levado.

Todo o primeiro andar do ministério foi isolado pela segurança do órgão. A Polícia Federal foi acionada pelo órgão e chegou ao local às 9h50.

Por causa do isolamento, funcionários tiveram de deixar o primeiro andar e foram levados para o térreo do ministério.

Parte da área externa do térreo foi isolada na área onde vigilantes ouvidos pelo G1 dizem acreditar que a invasão ocorreu.

Por volta das 10h, agentes da Polícia Federal começaram a fazer a perícia da área isolada pelos seguranças do ministério.

Registro Espúrio

O Ministério do Trabalho é alvo de uma investigação da Polícia Federal. Em 30 de junho, a PF deflagrou a operação Registro Espúrio, a fim de desarticular suposta organização criminosa integrada por políticos e servidores que teria cometido fraudes na concessão de registros de sindicatos pelo Ministério do Trabalho.

Segundo as investigações da Polícia Federal,

º Os registros de entidades sindicais no ministério eram obtidos mediante pagamento de vantagens indevidas;

º Não era respeitada a ordem de chegada dos pedidos ao ministério;

º A prioridade era dada a pedidos intermediados por políticos;

º A operação apontou um "loteamento" de cargos do Ministério do Trabalho entre os partidos PTB e Solidariedade.

Na semana seguinte, o ministro Helton Yomura foi afastado do cargo por decisão de Edson Fachin, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota, a defesa afirmou que Yomura não cometeu nenhum ato ilícito e que "nega veementemente qualquer imputação de crime ou irregularidade". No mesmo dia, ele pediu demissão do cargo.

O substituto de Yomura, Caio Vieira de Mello, tomou posse no ministério na última terça-feira (10). Na cerimônia, afirmou que vai administrar o ministério "tecnicamente", e não "politicamente". Ainda segundo ministro, "se for necessário, será feita" uma limpa no ministério.

O novo ministro do Trabalho, Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello, concede entrevista após tomar posse no Palácio do Planalto (Foto: Guilherme Mazui/G1)

A emissão de registros sindicais está suspensa pelo Ministério do Trabalho até outubro. A decisão do ministro Caio Vieira de Mello foi publicada no "Diário Oficial da União" na última quinta-feira (12).

Fonte: G1/globo

Mamma dentro

Leia Também