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Brasil

Brasil prepara painel contra Europa na OMC, diz Maggi

Ministro disse que país vai questionar suspensão de plantas de embarque de carne de frango da BRF.

18 ABR 2018Por Redação/TR16h:11

O Brasil vai entrar com um painel na Organização Mundial do Comércio (OMC) questionando a decisão da União Europeia de descredenciar frigoríficos da BRF que exportam carne de frango para o bloco. Foi o que afirmou, na terça-feira (17), o ministro da Agricultura, Blairo Maggi.

Os europeus decidiram embargar plantas da empresa depois da divulgação da chamada Operação Trapaça, desdobramento da Carne Fraca. A ação, que teve a BRF como principal alvo, investigava suspeitas de adulteração de relatórios para omitir a presença da bactéria salmonella nos produtos.

Blairo Maggi se pronunciou sobre o embargo em Brasília (DF) depois de retornar de viagem a Bruxelas, na Bélgica, onde se reuniu com o comissão para a Agricultura e Desenvolvimento Rural europeu, Phil Hogan. O ministro acredita que a decisão do bloco não é nada além de guerra comercial.

“Estão aproveitando para nos tirar do mercado em nome da sanidade, o que não é verdadeiro”, afirmou, de acordo com o divulgado pelo Ministério da Agricultura.

Para o ministro, suspender exportações por causa de salmonella não tem justificativa. Ele lembrou que é possível embarcar carne de frango para mercados do bloco europeu onde há proibição da entrada da bactéria, desde que se pague uma taxa de 1.014 euros por tonelada.

O secretário de Defesa Agropecuária, Luís Rangel, argumentou que os índices de detecção de salmonella na Europa são semelhantes de um ano atrás. Mesmo como os sistemas de inspeção sanitária locais aumentando o nível da fiscalização. E lembrou que não há risco à saúde humana, já que a carne de frango não é consumida crua.

Advogada

Parte interessada na questão, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) anunciou a contratação da advogada Ana Teresa Caetano para fazer estudos preparativos que possam servir de base para o painel do Brasil contra a União Europeia. A entidade que representa a indústria de carne de frango reforça argumentação de que as restrições sanitárias são barreiras comerciais.

Em, nota, a ABPA questiona especificamente os critérios determinados para os embarques de produtos salgados (com apenas 1,2% de sal adicionado), que são obrigados a cumprir critérios de análises para mais de 2,6 mil tipos de salmonella.

“Temos uma longa e sólida relação comercial com a União Europeia.  Nosso intuito é fortalecer isto, desfazendo eventuais protecionismos que sejam constatados”, analisa o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, no comunicado.

Fonte: Campo TV

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