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Agronegócio

Agronegócio não deixou o país quebrar durante a crise, diz Xico Graziano

5 JAN 2018Por Redação/DV07h:59

Entramos em 2018 carregando uma certeza: a agropecuária é a sorte grande do Brasil. Teria sido mais difícil vencer a recente crise econômica se não fosse à força do agronegócio. O campo não deixou quebrar o país.

São 3 as principais virtudes econômicas geradas no agro: 1) a produção de alimentos e o abastecimento interno; 2) a obtenção de divisas nas exportações; 3) a criação de emprego e renda no interior.

A colheita de uma excepcional safra de grãos em 2017, de 238 milhões de toneladas (28% acima do ano anterior), garantiu o abastecimento interno e jogou para baixo os preços de alimentos. Segundo o Dieese, a cesta básica recuou 6% nos últimos 12 meses. A abundância alimentar contribuiu para a redução da inflação.

Soja, principalmente, e milho em 2º lugar, além do consumo interno, são grãos também exportados, gerando dólares ao país. Ao lado deles, a venda ao exterior de carnes (bovina, avícola e suína), açúcar, café, suco de laranja, celulose, algodão, entre outros gêneros agrícolas processados ou in natura, renderam, entre janeiro e outubro, US$ 89,1 bilhões, quase 13% acima de 2016.

Na análise realizada por Marcos Fava Neves, professor da FEA-USP de Ribeirão Preto, subtraindo-se desse valor exportado as importações do agro, resta um superávit, no mesmo período, de US$ 76,1 bilhões (14,3% acima de 2016). Os resultados são excepcionais. A produção rural e a agroindústria pagam as importações do país.

Embora com uma projeção de safra menor para a próxima colheita, que se iniciará agora em fevereiro, a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) estima que o Valor Bruto da Produção (VBP) rural deve aumentar 7,1% neste 2018, sendo 6% de aumento no agrícola e 9% na pecuária. Sensacional.

O agronegócio tem se consolidado como nosso principal demandante de mão-de-obra. Mário Magalhães, coordenador-geral de Cadastros, Identificação Profissional e Estudos, do Ministério do Trabalho, afirma que a agropecuária tem sido o “motor da geração de empregos”. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados mensalmente, mostram que o setor agropecuário seguidamente segurou o emprego nos rincões do país. Em maio de 2017, por exemplo, 90% dos empregos criados vieram da roça. Metade das ocupações profissionais com os melhores saldos de emprego no Brasil são relacionadas ao agronegócio.

É enorme o efeito multiplicador da renda gerada pelo agronegócio nas pequenas e médias cidades do Brasil. No auge da crise econômica, regiões como as de Rio Verde (GO), Luiz Eduardo Magalhães (BA), Sinop (MT), Passo Fundo (RS), Palmas (TO), Cascavel (PR), para citar apenas naquelas onde estive pessoalmente, ostentavam um dinamismo que contrastava com a paralisia dos negócios notada nas regiões metropolitanas. No interior, quando a agropecuária vai bem, quem ganha é o comércio. As cidades se movimentam, alegram-se.

Todo começo de ano nos faz renovar as melhores esperanças. O maior desejo dos agricultores brasileiros é ver, um dia, as pessoas da cidade reconhecerem as virtudes que brotam do campo. Acontece que, por razões jamais bem compreendidas, existe no Brasil um preconceito urbano contra o “ruralismo”, como se nós, ainda hoje, vivêssemos na época do Jeca Tatu.

Felizmente, porém, aflorada pela crise, a vantagem do agronegócio começou a ser percebida pelos economistas urbanos e até pelos jornalistas mais praianos. Todos perceberam que este é o setor produtivo que mais investiu em tecnologia e ganhou produtividade desde a estabilização da economia. Acabou o tempo do latifúndio. Um novo mundo rural, competitivo, integrado, se erigiu, aceleradamente, nos últimos 30 anos.

Tomara que o debate nacional, que dominará a política neste 2018, devido às eleições presidenciais, consagre o agronegócio como o grande negócio do Brasil. Feliz 2018.

Fonte: Poder360

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